Quem tem criança em casa, principalmente aquelas de um aninho, se perguntam diariamente, mas será que estas inúmeras quedas não vão machucar o cérebro?
Pois bem a criação do encéfalo com seus revestimentos foi uma decisão sábia da natureza. O cérebro assim como todo o universo está sujeito às leis da física, em especial, à energia cinética.
O traumatismo craniano contra uma superfície rígida gera a desaceleração brusca da caixa craniana e há a tendência à manutenção do movimento. A massa cerebral neste caso, apresenta uma energia em movimento cujo resultado seria a colisão do cérebro contra a parede interna do crânio gerando um machucado craniano. Para tal existe o que chamamos de espaço subaracnóideo que seria o “amortecedor” do cérebro, o fator protetor das crianças.
Simplificando a ideia ele representa uma membrana ramificada que fica ao redor de todo o cérebro mantendo o mesmo imerso dentro d’água. Neste contexto a movimentação de uma estrutura submersa em líquido é muito menor na desaceleração do crânio protegendo nosso cérebro.
Até agora não falamos muito do assunto: cistos de aracnoide. Seguindo o mesmo racional os cistos de aracnoide nada mais são do que um local no qual há o represamento deste líquido em zonas de redundância da membrana subaracnóidea. Nestes locais forma-se um mecanismo valvular no qual há o influxo de fluido dentro desta cavidade sem a saída do mesmo gerando a coleção de fluido chamada de cisto de aracnoide.
Na sua grande maioria das vezes não se faz necessário o tratamento operatório dos mesmos permanecendo durante toda a vida com suas dimensões estáveis. Há entretanto a indicação de tratamento naqueles cistos cuja impressão sob o cérebro gera uma distorção da estrutura neural e, muitas vezes, promovendo alteração do funcionamento. Para maiores informações estamos a disposição para ajuda-los.