Uma das condições frequentes nos pacientes com paralisia cerebral chama-se espasticidade. Representa um desbalanço entre a contração e o relaxamento muscular de origem neurológica fazendo com que a criança tenha uma rigidez importante dos membros com limitação de mobilidade.
A ocorrência em pacientes com paralisia cerebral decorre da perda de controle ou do descontrole dos comandos conjugados de contração e relaxamento deixando uma condição “como se os músculos antagonista e agonistas estivessem tonicamente contraídos” impedindo assim a mobilização do membro.Esta é em geral uma condição permanente e progressiva necessitando de tratamento constante para o controle dos sintomas.Ao identificar tais condições a criança deve ser encaminhado ao neurologista pediátrico para que se inicie o tratamento e somente os casos graves necessitarão do neurocirurgião pediátrico para o tratamento.
Simplificando um pouquinho o mecanismo de neuromodulação, o neurologista passa a utilizar algumas medicações, em especial os relaxantes musculares, para modificar o estado de contração e relaxamento dos músculos permitindo o movimento.Para os casos mais graves nos quais há intolerância de ingesta de medicação frente às altas doses do medicamento ou ao referente aos efeitos colaterais pode ser instituído o implante de uma bomba de infusão de medicamentos dentro do próprio líquido da espinha.Nestes casos o médico neurocirurgião irá adequar para cada doente o uso de baclofeno ou de morfina para atingir o relaxamento necessário.
Este procedimento em geral restringe-se àqueles pacientes com espasticidade grave para os quais até os cuidados de higiene íntima estão prejudicados.
Para casos de espasticidade mais localizada pode ser utilizada também a toxina botulínica sendo aplicada diretamente no músculo ou nos músculos doentes com bons resultados.
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